23 de maio de 2012

Sociedade civil se mobiliza na construção da cúpula dos povos

*Matéria disponível em espanhol


Jaqueline Silva
Para o Coletivo Tatuzaroio

Os encontros para debater como serão os espaços propostos para a Cúpula dos Povos, evento que acontece no aterro do Flamengo de 15 a 23 de junho, em paralelo ao evento Rio +20, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), já estão sendo moldados em reuniões semanais que acontecem no Centro de Teatro do Oprimido, na Lapa. Qualquer pessoa interessada em construir o espaço está convidada a contribuir. As atividades estão divididas em três eixos: comunicação, cultura e meio ambiente.


O plano de comunicação alternativa para a cúpula é organizado pelos coletivos, indivíduos, artistas e empresas participantes da iniciativa, e vai contar com uma estrutura completa. A Tv Cúpula vai ocupar cerca de 8 telas espalhadas pelo evento, o canal 1, vai transmitir assembleias ao vivo e a programação oficial. Os outros dois canais terão programação expandida; a Tv Web terá uma programação diária de 6h, exibindo em playlist o material colaborativo que for produzido nos dias de realização através do canal 2, que vai funcionar como uma espécie de arquivo dos povos.

Vídeos com a temática de justiça social, sejam eles curta-metragem ou documentários, podem ser enviados através do tvcupula@rio2012.org.br para o canal 3, com link para acesso e dados do arquivo. Uma das tendas da cúpula vai abrigar o Laboratório de Comunicação Compartilhada, lá será possível ter acesso às ilhas de edição para finalizar as imagens colhidas em um espaço que foi pensado para servir de ponto de encontro, troca e aprendizado entre os participantes, e onde acontecem ainda atividades como oficinas, debates e palestras ligadas ao eixo de comunicação.

A estratégia de comunicação abrange tambem a rádio cúpula, com transmissões diárias pela web e um boletim informativo impresso, com as notícias e resoluções tiradas no evento. A cúpula dos povos é reflexo da luta dos movimentos sociais e de uma sociedade autônoma, que assume uma posição de resistência em relação à agenda proposta pela Organização das Nações Unidas, onde o conceito de “economia verde” é o centro dos debates.

Justiça Social e Meio Ambiente

Nós somos a sociedade civil, a maioria, e entendemos que o modelo em que foi pensado o Megaevento da Onu, não envolve o direito de opinião  civil na escolha dos temas abordados ou na realização dos espaços da conferência, que poderiam ser melhor aproveitados com o fim de resolver de fato questões urgentes da população, no que diz respeito à conservação do meio ambiente e aplicação na prática de direitos humanos básicos.

O objetivo da Conferência da Onu é assegurar um comprometimento político com o desenvolvimento sustentável, atitude improvável dentro de um sistema que vive do lucro. Temas já discutidos como energias e cidades sustentaveis, empregos verdes, alimentação, água, oceanos e desastres, compõem a pauta do Rio+20, sempre empurrando para a sociedade - o mito do aquecimento global, em favorecimento das grandes coorporações.

Ao debater medidas de conservação ambiental e justiça social, a Cúpula dos povos traz a possibilidade real de revisão dos modelos até hoje aplicados, e pretende assim agregar resultados transformados em menos desigualdade social permanente, ao envolver desde o início todos os setores da sociedade com vontade política e o apontamento de soluções eficazes capazes de resolver não por apenas uma semana, questões de civilidade que o governo abandonou.



Sociedad Civil se moviliza en la construcción de la Cúpula de los Pueblos

Los encuentros para discutir cómo serán los espacios propuestos para la Cúpula de los Pueblos, evento que tendrá lugar en el Aterro de Flamengo del 15 al 23 de junio, en paralelo al evento Rio +20, organizado por la Organización de las Naciones Unidas (ONU), ya están siendo moldados en reuniones semanales realizadas en el Centro de Teatro del Oprimido, en el barrio de Lapa. Cualquier persona interesada en construir este espacio está convidado a participar. Las actividades están divididas en tres ejes: comunicación, cultura y medio ambiente.

El plan de comunicación alternativa para la cúpula es organizado por los colectivos, individuos, artistas y empresas participantes de la iniciativa y contar[a con una estructura completa. La TV Cúpula ocupará cerca de 8 pantallas diseminadas por el evento, el canal 1, transmitirá asambleas en vivo y la Web tendrá una programación oficial. Los otros dos canales tendrán programación expandida. La TV Web tendrá una programación diaria de seis horas, exhibiendo en playlist el material colaborativo que sea producido en los días de realización a través del canal 2, que funcionará como una especie de registro de los pueblos.

Videos con temas de justicia social, tanto corto metrajes como documentales, pueden ser enviados a través de tvcupula@rio2012.org.br para El canal 3, con  el link de acceso y los datos del archivo. Una de las tiendas de la cúpula acogerá el Laboratorio de Comunicación Compartida, ahí será posible tener acceso a las islas de edición para finalizar las imágenes escogidas en un espacio que fue pensado para servir  como punto de encuentro, aprendizaje e intercambio entre los participantes, y donde sucederán actividades como clínicas, debates y palestras ligadas al eje de comunicación.

La estrategia de comunicación abarca también la Radio Cúpula, con transmisiones diarias por internet y un boletín informativo impreso con las noticias e resoluciones tomadas en el  evento. La Cúpula de los Pueblos es el reflejo de la lucha de los movimientos sociales y de una sociedad autónoma, que asume una posición de resistencia contra la agenda propuesta por la ONU, donde el concepto de “economía verde” será el centro del debate.

Justicia y Medio Ambiente

Nosotros somos la sociedad civil, la mayoría, y entendemos que El modelo en El que fue pensado El mega evento de la ONU, no considera El derecho de opinión civil en la elección de los temas abordados o en la realización de los espacios de la conferencia, que podrían ser mejor aprovechados con el fin de resolver realmente cuestiones urgentes de la populación, en lo que respecta a la conservación del medio ambiente y la aplicación efectiva de los derechos humanos básicos.

El objetivo de la conferencia de la ONU es el de asegurar un compromiso político con el desarrollo sostenible, compromiso poco posible dentro de un sistema que vive del lucro. Temas ya discutidos como energías y ciudades sustentables, empleos verdes, alimentación, agua, océanos y desastres, componen la pauta de Rio +20, siempre imponiendo en la sociedad el mito del calentamiento global, a favor de las grandes corporaciones.

Al debatir medidas de conservación ambiental y justicia social, la Cúpula de los Pueblos trae la posibilidad real de revisión de los modelos hasta hoy aplicados, y pretende así agregar resultados transformados en menos desigualdad social permanente, al involucrar desde el comienzo a todos los sectores de la sociedad con voluntad política y soluciones eficaces, capaces de resolver no solo  por una semana, cuestiones de civilidad que el gobierno abandonó.

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