*Entrevista disponível em português e espanhol
Coletivo Tatuzaroio
Aproveitando a passagem do músico Max Lisboa pelo Rio de Janeiro, o Coletivo Tatuzaroio propôs ao artista uma experimentação audiovisual. Com uma câmera na mão, um solstício de verão e a Pedra do Arpoador como cenário, surgiram três vídeos e uma entrevista, que você confere abaixo.
Atualmente Max mora em Portugal, onde integra a Orquestra Todos, que reúne artistas e estilos musicais de diversos países. O cantor esteve ainda envolvido na produção do festival Música Popular Própria (MPP), junto com a também produtora Joana Sarquis, realizado em Lisboa em 2011.
Atualmente Max mora em Portugal, onde integra a Orquestra Todos, que reúne artistas e estilos musicais de diversos países. O cantor esteve ainda envolvido na produção do festival Música Popular Própria (MPP), junto com a também produtora Joana Sarquis, realizado em Lisboa em 2011.
Outros Vídeos
Tatuzaroio - Conte um pouco sobre seu início como músico.
Max Lisboa - Comecei a tocar com os meus pais em casa e depois fiz parte de vários corais de igreja até formar uma banda de pop rock com amigos da escola, a Mafuaça.
Tatu - O que fez você sair do Brasil e ir para Portugal?
Max - Na verdade não fui à Portugal para fazer música e sim para trabalhar com outras coisas, mas logo vi que não tinha jeito e as pessoas percebiam que eu cantava e tocava e me incentivavam para a música. E acabou dando certo. Como eu já fazia no Brasil, também comecei a fazer em Portugal.
Tatu - Como você enxerga hoje o cenário musical no Brasil?
Max - Tem pouco tempo que eu retornei, um mês mais ou menos. Não tenho uma ideia completamente formada, mas penso que temos uma grande influência da mídia de massa no pensamento coletivo, tornando assim um pouco trabalhoso a entrada de um artista num meio mais rentável da música. Porém vejo um público crescente para a músicas e músicos novos. As pessoas parecem estar mesmo a espera que aconteça algo revolucionário e a música não é exceção.
Tatu - Segundo alguns estudiosos, a cultura vive um momento de empobrecimento de conteúdo, em um fenômeno que se convencionou chamar de Pós-modernidade. Você acredita que é possível viver de música sem cair nas letras vulgares da indústria?
Max - Claro que sim. O importante é continuar trabalhando e não se deixar levar. Nós temos 180 milhões de habitantes, sempre vai ter público pra tudo basta trazer novidade e qualidade. E de repente nos unirmos um pouco mais como classe musical e fazermos nossa própria mídia. Por exemplo a internet é um grande aliado nisso, embora pode ser também um inimigo se não usada corretamente.
Tatu - Antes da internet, o acesso das pessoas às novas músicas era mais difícil, principalmente aquelas que não estão no circuito de distribuição das grandes gravadoras. Como você vê as novas tecnologias, e em especial as redes sociais, na divulgação na nova música produzida em circuitos independentes?
Max - Como já havia dito, toda ferramenta deve ser trabalhada com inteligência para se chegar a um objetivo. As redes sociais devem sim ser usadas como uma forma de democratizar, mas é preciso ter consciência de que as pessoas ainda não aprenderam a utilizar a internet como poderiam. O que pode ser um benefício também pode ser um problema, como no caso de alguns artistas que por causa da [inter]net se tornam um sucesso imediato, bloqueando a visibilidade de outros artistas e tornando-se um mega sucesso que as vezes não nos oferece qualidade. Penso que nós deveríamos manipular a net nossa maneira para que cada vez as pessoas tenham acesso a tudo inclusive nosso trabalho, com qualidade ou não.
Con cámara en manos y un solsticio de verano, presetamos a Max Lisboa
Coletivo Tatuzaroio
Aprovechando la estadía del músico mineiro Max Lisboa por Rio de Janeiro, el Colectivo Tatuzaroio realizó una experiencia musical junto a él. Actualmente Max vive en Portugal, allí hace parte de la Orquestra Todos, que reune artístas y estilos musicales de diferentes países. Así también, el cantante participó en la producción del festival de Música Popular Propia (MPP), junto a la productoria Joana Sarquis, realizado en Lisboa durante el 2011. Con cámara en mano, en pleno solsticio de verano y con la piedra del Arpoador de fondo, realizamos tres vídeos y una entrevista con Max, las que pueden ver más abajo.
Otros Videos
Tatu - Cómo fue tu comienzo como músico?
Max - Partí tocando en casa con mi padres y después participé en varios coros de la iglesia hasta que formamos con unos amigos de la escuela una banda de pop-rock, la Mafuaça.
Tatu - Qué te llevo a salir de Brasil para hacer música en Portugal?
Max - La verdad es que no fui a Portugal para hacer música, ya que fui a trabajar en otras cosas. Pero rápidamente vi que no funcionaría, algunas personas que sabían que yo tocaba y que cantaba me incentivaron a hacer música, y así fue que resultó. De la misma forma en que yo tocaba en Brasil, comencé a tocar en Portugal.
Tatu - Cómo ves el escenario musical actual en Brasil?
Max - Hace poco tiempo que regresé a Brasil. Hace un mes aproximadamente. No tengo una idea completamente formada, pero pienso que existe una importante influencia de las medios de masa en el pensamiento colectivo, lo que hace que sea dificultosa la entrada de un artista al medio de la música remunerada.
Así mismo, veo que aumenta el público para músicos y músicas nuevas. Las personas parece que realmente están esperando que suceda algo revolucionario y la música no es la excepción.
Tatu - De acuerdo con algunos especialistas, la cultura pasa por momentos de perdida de contenido, fenómeno que se conoce como Pos-modernidad. Tu piensas que es posible vivir de la música sin necesidad de caer en letras vulgares para agradar a la industria?
Max - Claro que si. Lo importante es continuar trabajando y no dejarse llevar. Aquí nosotros tenemos 180 millones de habitantes, por lo tanto siempre va existir público para todo, solo se necesita traer novedad y calidad. Podríamos unirnos un poco más como clase musical y producir nuestra propio medio. Por ejemplo, internet es un gran aliado para eso, sin embargo, puede ser también un enemigo si no se usa correctamente.
Tatu - Antes de internet, el acceso de las personas a las nuevas músicas era más dificil, principalmente quienes se encuentran fuera de los círculos de difusión de los grandes sellos discográficos. Como ves tu las nuevas tecnologías, en especial las redes sociales, en la difusión de la nueva música producida en los círculos independientes?
Max - Como decía anteriormente, todas las herramientas deben ser trabajadas con inteligencia para conseguir algún objetivo. Internet y las redes sociales deben ser usadas como una forma de democratizar, pero es necesario tomar consciencia que las personas aún no aprendieron a usar internet como podrían. Lo que puede ser un beneficio también puede ser un problema como algunos artístas que por causa de internet se transforman en un suceso inmediato, bloqueando la visibilidad de otros artistas, convirtiéndose así en un mega suceso que aveces no nos ofrece calidad. Pienso que deberíamos manejar la red a nuestra manera para que cada vez más las personas puedan tener acceso a todo, inclusive a nuestro trabajo. Con calidad o no.
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